quarta-feira, 25 de agosto de 2010

o rio da minha aldeia

vídeo encontrado surpreendentemente aqui

excertos do poema "guardador de rebanhos"

...

O Tejo tem grandes navios
E navega nele ainda,
Para aqueles que vêem em tudo o que lá não está,
A memória das naus.
O Tejo desce de Espanha
E o Tejo entra no mar em Portugal.
Toda a gente sabe isso.
Mas poucos sabem qual é o rio da minha aldeia
E para onde ele vai
E donde ele vem.
E por isso porque pertence a menos gente,
É mais livre e maior o rio da minha aldeia.

Pelo Tejo vai-se para o Mundo.
Para além do Tejo há a América
E a fortuna daqueles que a encontram.
Ninguém nunca pensou no que há para além
Do rio da minha aldeia.

O rio da minha aldeia não faz pensar em nada.
Quem está ao pé dele está só ao pé dele.

Alberto Caeiro






quarta-feira, 18 de agosto de 2010



"happiness is like a leaf carried by the wind through the air"



feliz en mi casa.

sábado, 14 de agosto de 2010

histórias



em conversas sobre yoga, ouço histórias de silêncios



e soprou-me ao ouvido

que estão aí a chegar as Palavras andarilhas,

Leitura Sensorial e Inteligência Criativa, Leituras de Corpo Inteiro e A Arte de Ser Leitor são algumas das oficinas dedicadas à leitura organizadas no decorrer desta iniciativa, que conta com a participação de especialistas nacionais e internacionais.

E muitas outras sessões de conto...

16 a 18 Setembro na Biblioteca José Saramago, Beja. (inscrições abertas)







Nicolás Buenaventura (Colombia), el rostro de la verdad.



quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Catch a falling star you'll go far

previsão de chuva luminosa:

... o planeta Terra atravessa, nesta altura do ano, uma região do espaço interplanetário semeado de meteoróides, pouco maiores do que uma ervilha, que polvilham o caminho percorrido pela cauda do gigante cometa periódico Swift-Tuttle (com cerca de 28 Km de diâmetro e que passa a cada 133 anos) ...

na noite de 12 para 13 de Agosto, não será preciso procurar muito para ver estrelas desenhar o céu com traços de luz.


Olhar para o céu na direcção Norte, embora possam aparecer em qualquer lugar do céu, o rastro irá apontar sempre para a constelação de Perseu. A lua nova desta vez também vai ajudar.
Ao anoitecer já poderão ser observadas algumas estrelas cadentes, que aumentarão por volta das 23h, com um pico maior 2 horas antes do amanhecer.
bons desejos

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Veni ce...?

desenho suzy lee
em estudos de próximos voos...
queria ir aqui.


People meet in architecture,
participação de Wang Shu*




*gostava de ter estado lá já antes, e atravessar este mar numa ponte de bambu.
uma visão de reciclagem da arquitectura que apoio.


e juntar ainda uma visita/pesquisa à Associação Bruno Munari por lá perto.
alguém se quer juntar à ideia?

domingo, 8 de agosto de 2010

...

troca de pensamentos simples de vida e mar



Ontem fui ouvir o mar.
(e o que te disse?)
ensinou-me a olhar para o fundo.




(como... ?)
Aprendi que podemos apenas chapinhar na costa, (e em crianças é tão simples e completo assim brincar) mas se queremos encontrar a claridade da água, para livremente poder nadar, é preciso atravessar a rebentação das ondas, enfrentar as águas agitadas que nos alcançam e atingem com re contra força e em rede moinhos envolvem; para a frente e para trás, para a frente e para trás. levam e devolvem. desorientam, e ao mesmo tempo animam e impulsionam a entrar.

(e qdo entras?)
ao entrar somos levados a subir grandes montanhas de água; muitas vezes até nos tiram os pés do chão. E depois, logo depois, nos fazem descer e devolvem à costa, para de novo começar...
e ao tentar tentar, quem avança um pouco mais chega enfim a uma zona em que apenas ondula.
- há muitas algas que impedem de ver o fundo -
mas sim, dá até para boiar. e deixar-se levar pela corrente. Suavemente. olhos fechados.

(então é aí, onde se está bem?)
para muitos sim,
sentem-se bem nesse leve ondular...

(e tu?)
eu tentei ainda nadar mais longe. nadei nadei nadei. por fim surpreendi-me com uma água límpida e verde. verde esmeralda, brilhante. verde. esperança.Vejo o fundo ondulado do chão de areia movediça em baixo, cheio de altos e baixos. sorrio e aceno. E vejo-me a mim. claramente. ao meu corpo inteiro na água. Vejo os meus braços que abrem caminho. sinto correntes frias que vêem do alto mar avisando-me que me devo mexer, para não esfriar. alertando dos perigos, perigo de me levar para tão longe, que não possa mais voltar. Mas estar ali é mesmo assim. águas quentes e fria ao mesmo tempo. e assim de repente, límpida tão límpida. e clara. e verde.

(e daí o que vês?)
Vejo toda a costa e falésia escarpada com uma amplitude e definição incrível. Vejo gaivotas a voar, cada uma no seu caminho. juntas em bando. duas em par. voam sobre mim rasantes.

( e já tens vontade de a voltar a pisar...?)
Sim, regresso.
Volto a ter que atravessar as águas agitadas, levo algas agarradas aos cabelos, mas suavemente o chão de areia volto a pisar.
sigo e vou. mas limpa de água salgada e límpida*. inteira e renascida.
(*a mesma das lágrimas, que tb têm o poder de lavar.)



registos soltos de mergulhos, ao final de um dia quente do alto de uma falésia com luz de pôr de sol, de uma praia especial da reserva natural do Meco


E hoje foi bom poder voltar simplesmente, a chapinhar!
bons mergulhos*

_um livro com outras histórias de mar

quinta-feira, 5 de agosto de 2010





...

"I get the news I need on the wheather report"
...





_
outros silêncios...

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

dias verdes

*

carreiros entre plantas-mãe
Bom poder participar de um projecto familiar que admiro muito.
têm sido momentos de inspiração
* uma nova paixão_ plantas suculentas, lindas, capazes de sobreviver a qq deserto...
_ No mesmo contexto, uma proposta para espreitar, e pensar.
Dreams by Akira Kurosawa aqui
Konichiwa*