domingo, 23 de janeiro de 2011

foi hora...



Foi hora...
(Conformismo? conservador)

outra virà.

fica uma Nobre esperança...
(a mudança leva tempo)


"Mensagem" Fernando Pessoa

clonagem recente da versão original da Bibioteca Nacional de Portugal

edição Babel recebido hoje cá






_ bolsa espera ideias de mudança para Portugal ...



sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

a luz da sombra




" A minha pintura é esta: o viver, o estar cá."
Lourdes Castro



... albúns de famílias de sombras, teatro de luz/sombra, os gestos lentos do dia-a-dia como se solenes, leves movimentos, a linha do horizonte que se transforma, a casa e as plantas ....

sola em BsAs em boa companhia, com o documentário sobre Lourdes Castro de Catarina Mourão, "Pelas sombras"


" Vem ver a pintura que estou a fazer. Um bocado grande, não cabe em museu nenhum. E tão pequena, tão pequenina que todos que passam por aqui nem dão por isso. Uma tela com forma esquisita. O que vale é que não é preciso esticá-la. Por si só, ela está sempre pronta a receber pinceladas, ventos, estações, chuva, sol....".


(...)
" Momentos resgatados ao fluxo de consumo da vida. Gestos diários projetados sobre um lençol, demorados, atentos. Fugacidade aparente que esconde uma permanência a encontrar. Também percebemos este impulso no Herbário de sombras, um catálogo meticuloso, científico quase, daquilo que vai deixar de ser, que passa. Como no constante regresso desenhado à sombra projetada das flores sempre novas nas jarras – desenho que começa no cuidado com que trata, apanha e arranja as flores e escolhe a jarra. Sempre em volta de um centro. Não tanto as sombras, quanto a artista. Estas obras são assim prolongamento ascético de uma vida ascética, centrada. Fruto de uma perceção atenta, de uma disponibilidade genuína (descentrada) – e sabemos como a arte do arranjo floral (Ikebana) é um caminho de sabedoria e espiritualidade, tão nobre como o tiro com arco ou a cerimónia do chá. (...)
Segundo Plínio, a arte da pintura surgiu na Grécia, com o desenho do contorno da sombra projetada sobre o muro daquele que vai viajar, delineado por aquele que fica.
A sombra é sinal, vestígio, presença de uma ausência que não se quer, ou não se pode, esquecer. Mas na obra singular de Lourdes Castro a morte não tem a última palavra, e a cor, a fluorescência, a transparência dão-nos a face da alegria. A brevidade da vida e o seu carácter transitório não encontram aqui a angústia, mas a compreensão. A sombra é sempre a tinta da luz, remete para ela e não para a obscuridade. Em Lourdes Castro, a sintonia com a vida, procura de todas as horas, revela-se numa demanda do essencial presente, aqui e agora: a flor, o fruto, a pedra, o gesto, o outro, a carta, a sombra da vida que se faz ou recebe. A procura da justiça e rigor, outros nomes para a verdade."

Paulo Pires do Vale


ano velho, ano novo


objects by Oliver Jeffers



Passou mais um ano, tanto passou, o caderno que me acompanhou 2010 está tão cheio qto este.

faço planos de ler muito
ir mais ao teatro do que ao cinema
fazer escolhas acertadas
organizar-me mais e gastar menos papel
viver e trabalhar de acordo com o que acredito
libertar o coração
distribuir abraços
cuidar das minhas plantas como quem cuida um amigo
sonhar muito
estar o mais possível com quem gosto
ir a NY ver a outra América com olhos de quem lá vive
continuar a descobrir o mundo
e a descobrir-me a mim...

(todas as imagens associadas são deste ilustrador que hoje me inspira a desenhar Mais!)




bons planos! bom fim-semana.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

chegou o Natal à Argentina

andavam umas encomendas perdidas,
(demonstra bem o ritmo argentino, outra dimensão do tempo. Sea Cuando Sea)

algum anjo hoje as entregou,
e surpresa atrás de surpresa,
com cheiros e afectos familiares
celebra-se um outro Natal.


até as folhas de Ginko Biloba de Lisboa vieram pousar a estes ares



e saboreio ainda as chegadas antes desta leva... Obrigado a todos!


segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

bons voos para 2011!


o despertar na Laguna del Diamante,
junto ao Vulcão Maipú



"Lo que salva es dar un paso. Otro paso más.
Siempre es el mismo paso el que se recomienza."

"La tierra nos enseña más sobre nuestra propia Naturaleza que todos los libros, porque se nos resiste. El hombre se descubre a sí mismo cuando ella se enfrenta a un obstáculo."

Antoine de Saint-Exupéry, in Tierra de Hombres.


*livro inspirado num acidente nesta mesma caldeira vulcânica envolvida pelos Andes do colega aviador de Exupéry, o piloto francês Henri Guillaumet, que sobreviveu depois de caminhar 5 dias sobre a neve até ser resgatado pelo seu grande amigo que insistentemente sobrevoou os Andes á sua procura.


"Haz de tu vida un sueño,
y de tu sueño una realidad
"

Antoine de Saint-Exupéry
aviador aeropostal e escritor
também passou por aqui
(vale a pena espreitar o vídeo)



- outras histórias do mesmo autor, e uma imagem-postal para todos os que me cativam. Bom Ano*

- em breve mais fotos deste acampamento andino