terça-feira, 2 de agosto de 2011

Algarve


Cacela a Velha, do largo da Igreja
Reserva da Ria Formosa





Havia panos que nem velas de barcos
estandartes de poesia ao ar
palavras e memórias à solta
banhos de mar e horizontes


Algarve
O mistério do Mar o milagre do Sol e a graça da paisagem na moldura dos olhos e a paz feliz de que tenho o que é meu. Ah, terra bem amada benção da Natureza caiada de pureza e nimbada de saudade Algarve. Liberdade dos sentidos. Férias ao Sul da imaginação. Ainda a mesma nação. mas com outros sinais. E a memória também de que todo o além começa neste cais.

Miguel Torga (numa rua de Cacela)



poesia nas ruas de Cacela a Velha


Memórias

Uma casa que nem fosse um areal deserto; que nem casa fosse;
só um lugar onde o lume foi acesso, e à sua roda se sentou a alegria;
e aqueceu as mãos; e partiu porque tinhaum destino; coisa simples e pouca, mas destino:
crescer como árvore, resistir ao vento, ao rigor da invernia,
e certa manhã sentir os passosde abril
ou, quem sabe?
a floração dos ramos, que pareciam secos, e de novo estremecem
com o repentino canto da cotovia."

Eugénio de Andrade



_ e pensar no outro lado o frio e neve

1 comentário:

Bichos da Matos disse...

Boas férias ao sol! beijos***